CardiopatiaBoxers D'Anteikan

Estenose das Válvulas Polmunar e Aórtica

São malformações congénitas que podem advir de lesões de hipoplasia, espessamento dos folhetos valvulares ou presença de anéis fibrosos.
Perturbam o fluxo de saída do sangue dos ventrículos para artéria pulmunar e aórtica.
Provocam estreitamento da válvula que resulta em sobrecarga do ventrículo correspondente a hipertofia do mesmo.

São Congénitas e hereditárias.
Os animais afectados podem ser assintomáticos, apresentar sintomatologia ligeira, (por exemplo cansaço ou tosse após exercício), ou apresentarem sintomatologia grave (episódios de síncope ou intolerância ao exercício).

Disgnóstico

Por ultrassonografia cardíaca com doppler, que permite avaliar a morfologia das válvulas e o fluxo de sangue através delas, assim como a velocidade de passagem.

CLASSIFICAÇÃO DE ESTENOSES (ou sua ausência) – Boxer Clube da Alemenha.

Estenose da Aorta:
Grau 0 -Livre (valores até 2,0 m/s).
Grau 1 -Forma de transição (valores > 2,0 < 2,25 m/s).
Grau 2 -Forma Ligeira (entre 2,25 <3,5 m/s).
Grau 3 -Forma Média (3,5 a 4,5m/s).
Grau 4 -Forma Severa (>4,5m/s).


Estenose da Pulmonar:
Grau 0 – Livre (valores até 1,8m/s).
Grau 1 – Forma de transição (valores > 1,8 e < 2,25 m/s).
Grau 2 – Forma Ligeira (2,25 e < 3,35 m/s).
Grau 3 – Forma Média (de 3,5 a 4,5 m/s).
Grau 4 – Forma Severa ( >4,5 m/s).

CARDIOMIOPATIA DO BOXER

Denominação correcta é CARDIOMIOPATIA ARRITMOGÉNICA.

A cardiomiopatia do boxer é uma desordem miocárdica primária que se caracteriza por uma lenta e progressiva degeneração do miocárdio.

Inicialmente ocorre uma disfunção na condução eléctrica que causa arritmias, síncope ou morte súbita.

Uma grande variedade de sinais clínicos pode ser observada, mas a maioria é classificada em três categorias.

Cães assintomáticos, porém com arritmia cardíaca.
Cães com episódios de fraqueza ou síncope.
Cães com sinais de insuficiência cardíaca congestiva.


Doença familiar herdada como um traço autossômico dominante com penetrância variável.

Os estudos voltados à integração da base genética da CAVD no cão estão em rápido desenvolvimento, visto que o genoma canino e as mutações genéticas responsáveis pela CAVD em humanos já foram identificadas.

Diagnóstico definitivo: Exame Holter

 

Conclusão

Em virtude de serem patologias hereditárias e por, em fases inicias muito exemplares serem assintomáticos, é imprescindível a realização de rastreios em todos os exemplares destinados à reprodução.

Fonte: Site do Boxer Club de Portugal.